quinta-feira, 1 de maio de 2008

Curtas

Tudo o que o Palmeiras não precisava era ter de jogar uma partida importante da Copa do Brasil no intervalo entre os dois jogos da decisão paulista. O problema não é a derrota em si para o Sport Recife, muito menos o placar. É o ambiente que ela traz as vésperas do confronto com a Ponte. A torcida começa a ficar desconfiada, a imprensa começa a especular e o Luxemburgo explode, como na coletiva pós-jogo, em Recife.

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A dupla de volantes formada por Pierre e Martinez não foi bem em Recife. Isso faz pensar no que teria impedido Wanderley Luxemburgo de repetir o que fez em Campinas e escalar Wendell para ser parceiro de Pierre.

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Os três primeiros gols do Sport nascem ou de bolas cruzadas na área. Curioso notar que essa é uma jogada típica do São Paulo e que foi muito bem neutralizada na partida do Palestra Itália. Ou seja, experiência com relação a isso não faltava a defesa alviverde.

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O Palmeiras foi apático em campo. Resta saber se tal atitude teve uma motivação mental ou física. A segunda hipótese é a que preocupa mais.

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Vou concordar que Valdivia está devendo um bom futebol nas últimas partidas. Seria uma ótima oportunidade para Diego Souza aparecer mais, mas não é o que acontece. Seu baixo rendimento é algo que merece uma investigação maior.

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Olhando o elenco do Palmeiras, noto que não há um reserva imediato para Diego Souza (e nem para Valdívia). Léo Lima, meia ofensivo de origem e que foi improvisado como volante, está machucado. Deyvid Sacconi, outro meia, rompeu os ligamentos no começo do ano e está em recuperação. Francis, que está no elenco e tem condições de jogo, é volante. O jeito mesmo é improvisar com Lenny e Denilson, que são acacantes. Com isso, o time perde em criatividade.

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Com a derrota, começou a cornetagem. Li em alguns fóruns manifetações de gente que comparou o Sport ao Asa, de Arapiraca. Ora, o clube do Recinfe não é o Asa. É um time que tem tradição em nível nacional e é apontado como campeão brasileiro de 1987. O placar foi dilatado, mas uma derrota não é algo de outro mundo, como certos torcedores querem cornetar.

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